ORIGEM: VÁRIAS SÃO AS HIPÓTESES SOBRE A CAPOEIRA
EXISTEM DUAS FORTES CORRENTES
QUE A CAPOEIRA TERIA VINDO PARA O BRASIL, TRAZIDA PELOS ESCRAVOS,
CAPOEIRA COMO UMA INVENÇÃO DOS ESCRAVOS NO BRASIL.
Porém, não existem documentos que comprovem estas hipóteses. Infelizmente, o Conselheiro Ruy Barbosa, quando Ministro da Fazenda do Governo de Deodoro da Fonseca, mandou queimar toda a documentação referente à escravidão negra no Brasil, achando que se tratava de uma mancha na história do país que deveria ser apagada.
A sua resolução foi de 15 de novembro de 1890. Ficamos assim, sem saber com fidelidade quando vieram os primeiros escravos e de onde vieram.
O documento mais antigo legalizando a importação de escravos para o Brasil, inclusive indicando o local de procedência, é o alvará de D. João III, de 29 de março de 1559, que permitia que fossem importados escravos de São Tomé.
Porém, um ponto de vista é quase unânime entre os historiadores, no que concerne à hipótese de terem vindo de Angola os primeiros escravos, assim como sendo originária de lá a maior parte de negros importados.
Segundo Waldeloir Rêgo, p. 25, em seu livro Capoeira Angola:
… tudo nos leva a crer que seja a Capoeira uma invenção dos africanos no Brasil, desenvolvida por seus descendentes Afro- Brasileiros, tendo em vista uma série de fatores colhidos em documentos escritos e sobretudo no convívio e diálogos constantes com os capoeiristas atuais e antigos que ainda vivem na Bahia.
Convém lembrar que vários pesquisadores que estiveram na África, principalmente em Angola, jamais encontraram vestígio algum de uma luta parecida com a nossa Capoeira. Ainda para reforçar esta hipótese do aparecimento da Capoeira no Brasil, não existem nomes de golpes nem de toques em língua africana, como por exemplo no Candomblé.
Uma indagação que pode ser feita é a seguinte: por quê os africanos não preservaram a linguagem da capoeira como fizeram com tantas outras manifestações vindas com eles da África?
Tudo nos leva a crer que a Capoeira se trate realmente de uma manifestação regional da Bahia.